Oficiais de segurança e defesa israelenses creem que a Autoridade Palestina (AP) “tem somente dois ou três meses antes de entrar em processo de colapso econômico,” relatou o jornal Haaretz.
A principal razão para a crise é a decisão de Israel de reter milhões de dólares de receitas tributárias coletadas em nome da Autoridade. O movimento, executado em fevereiro deste ano, pretende pressionar a Autoridade a encerrar pagamentos a prisioneiros palestinos e suas famílias.
Devido a este contexto, a Autoridade recusou receber qualquer quantia (reduzida) dos impostos, o que significa que sua receita “desabou em torno de 600 milhões de shekels [US$ 166 milhões] por mês, aproximadamente metade do orçamento total,” segundo o Haaretz. Funcionários civis tiveram seus salários cortados em 40 a 50 por cento.
Apesar da promessa de auxílio financeiro do Qatar, não será suficiente para cobrir a queda; portanto, “na ausência de mais auxílio”, e caso a Autoridade se recuse a adaptar-se às mudanças tributárias, “enfrentará uma crise econômica na qual terá problemas para sobreviver a longo prazo.”
Enquanto isso, militares israelenses também acreditam que a Autoridade Palestina “dificilmente recuará de sua rejeição absoluta ao ‘acordo do século’ proposto pela gestão de Donald Trump”, uma avaliação que “o exército concedeu recentemente ao governo”.
O exército israelenses acredita que Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, “vê a si mesmo sob um ataque tríplice, de Israel, dos Estados Unidos e do Hamas”. Em resposta, aos 84 anos de idade, “agarra-se à sua própria abordagem.”
“Abbas está reforçando sua postura doméstica ao indicar Mohammed Shtayyeh como novo primeiro-ministro,” acrescentou o Haaretz, “reforçando os laços entre as várias partes da Autoridade (a AP, a OLP e o partido Fatah) e alimentando tensões com o Hamas.”