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EUA: “Nenhum papel” para as potências européias em uma nova zona segura da Síria

O representante especial dos EUA para a Síria, James Jeffrey, respondendo a perguntas na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes, em Washington, Estados Unidos, em 22 de maio de 2019. [Yasin Öztürk - Agência Anadolu]

O enviado dos Estados Unidos à Síria anunciou que o país tem um plano geral para estabelecer uma proposta de zona segura na fronteira entre a Turquia e a Síria, mas que os países europeus não terão um papel a desempenhar.

Jim Jeffrey, que serve ao mesmo tempo como enviado presidencial à coalizão anti-Daesh e como enviado pelo Departamento de Estado da Síria, disse à mídia norte-americana Al-Monitor que a Turquia e as Forças Democráticas da Síria (SDF), apoiadas pelos EUA, concordaram em retirar as forças curdas e estabelecer uma zona segura no nordeste da Síria. Mas que “não há acordo, não há pedido, não há papel para os europeus neste espaço”. Jeffrey acrescentou que, apesar de relatórios contrários serem divulgados em dezembro do ano passado, não são parte de nenhum acordo. E isso não foi discutido.

A zona segura proposta está planejada para a fronteira entre a Turquia e a Síria, e servirá como um amortecedor entre a Turquia e seu principal oponente na Síria: as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG). Ainda há muitos pontos em processo de negociações antes que o acordo seja concluído, incluindo a quantidade de território do qual o YPG será solicitado a se retirar, o status das armas dos EUA fornecidas ao grupo durante a campanha contra-Daesh e os acordos para a governança da zona de segurança.

A declaração de Jeffrey ocorre após meses dos EUA tentando forçar o Reino Unido e a França a contribuir com forças para a zona segura proposta, especialmente após o anúncio do presidente Donald Trump, feito em dezembro, de retirada dos militares dos EUA da Síria devido à suposta derrota do Daesh, que atraiu muitas críticas dos aliados europeus dos EUA, na Conferência de Segurança de Munique, em fevereiro, que acusaram: “você está indo embora e nós vamos ficar”.

Após o anúncio da retirada, a YPG, apoiada pelos Estados Unidos, levantou suas preocupações em fevereiro sobre seu papel na região e sobre o status do território que capturou da Síria, levando os curdos sírios a pedir ajuda aos países da União Européia e apoio à zona de segurança em face do abandono dos americanos. A Turquia, por sua vez, enfatizou seu controle total da zona, com o ministro da Defesa, Hulusi Akar, insistindo que o YPG permaneça a pelo menos 32 quilômetros ao sul da fronteira com a Turquia e que o grupo devolva as armas pesadas fornecidas pelos EUA.

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