A coalizão de oposição sudanesa conhecida como Forças pela Declaração de Liberdade e Mudança (DFCF, na sigla em inglês) anunciaram que lançarão uma campanha por ativismo popular e preparativos para uma “escalada revolucionária.”
A declaração surge como resposta às promessas do Tenente-General Mohamed Hamdan Dagalo, chefe do conselho militar no poder, de investigar e julgar responsáveis pelos assassinatos de manifestantes durante a dispersão dos protestos pacíficos que ocuparam o espaço público em frente ao edifício do Comando Geral do Exército, na capital Cartum.
Em um discurso transmitido ao público pela TV estatal sudanesa, Dagalo negou o envolvimento do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido em quaisquer atos de violência durante a dispersão dos protestos sit-in (manifestação não-violenta de acampamento em locais estratégicos).
Por sua parte, as Forças pela Declaração de Liberdade e Mudança fizeram um chamado para manter a oposição ao conselho militar de transição através de seminários populares e protestos noturnos. O chamado da coalizão opositora foi divulgado por meio de uma declaração em sua página no Facebook.
As negociações entre o conselho militar de transição e as Forças pela Declaração de Liberdade e Mudança foram interrompidas. O Ministro de Relações Internacionais da Etiópia, país vizinho, realizou esforços como mediador a fim de restabelecer as negociações no Sudão.