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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Moradores de Gaza se reúnem na cerca pela 63ª semana de protestos

Forças israelenses disparam contra palestinos que participam de protestos pacíficos para marcar 71 anos desde a Nakba, em 15 de maio de 2019 [ Mohammed Asad / Monitor do Oriente Médio]

Na sexta-feira (21), os palestinos se dirigiram para perto da cerca que separa a Faixa de Gaza de Israel, para protestar contra décadas de ocupação de territórios palestinos por Israel, informou a Agência Anadolu.

A Autoridade Nacional de Retorno e Rutura do Cerco de Gaza (NARBS), que organiza comícios semanais, pediu aos palestinos para demonstrar e afirmar que “a terra não está à venda” – uma aparente referência aos detalhes vazados do plano de paz dos EUA.

“As massas palestinas, tomando as ruas logo antes da conferência liderada pelos EUA em Manama, estão transmitindo aos participantes que a Palestina não é uma questão econômica, mas um movimento para libertar a terra da ocupação e garantir o retorno de nosso povo” – disse o porta-voz do movimento de resistência do Hamas na Palestina – que administra a Faixa de Gaza – Abdul Latif al-Qanua, em um comunicado.

“Nosso povo tem a força, a vontade e a firmeza, que o qualifica para manter-se ligado à sua terra e frustrar todos os projetos que tenham o objetivo de liquidar sua causa justa”, acrescentou.

Desde que as manifestações em Gaza começaram em março do ano passado, quase 270 manifestantes foram mortos – e milhares mais feridos – por tropas israelenses posicionadas perto da zona de segurança.

Os manifestantes exigem o fim de 12 anos do bloqueio israelense na Faixa de Gaza, que destruiu a economia do território costeiro e privou seus dois milhões de habitantes de muitas comodidades básicas.

Em 18 de maio, Washington anunciou a convocação de uma conferência em Manama – capital do Bahrein – nos dias 25 e 26 de junho, onde autoridades dos EUA devem revelar as características econômicas do plano de compromisso do Oriente Médio entre palestinos e israelenses.

A conferência faz parte do chamado plano de paz “Acordo do Século” do presidente dos EUA, Donald Trump, cujos detalhes ainda não foram revelados na íntegra.

Com base em vazamentos na mídia, o plano prevê fazer grandes concessões a Israel em relação ao status da cidade de Jerusalém e também em relação ao direito dos refugiados palestinos de retornar às suas casas na Palestina histórica.

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Palestina: quatro mil anos de história
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