O Ministério da Saúde Palestino em Gaza informou que 50 pessoas, incluindo paramédicos, foram feridas ontem pelo fogo israelense, enquanto muitas mais ficaram sufocadas quando Israel mais uma vez reprimiu a Grande Marcha de Retorno.
Dezenas de palestinos foram para o leste da sitiada Faixa de Gaza para participar da marcha, que se repete desde 30 de março de 2018. Nesta sexta-feira ocorreu pela 63ª vez e foi intitulada “Nossa Terra não está à venda”, em protesto contra o evento “Paz para Prosperidade”, programado para acontecer na capital do Bahrein, Manama, na próxima semana.
Em um comunicado de imprensa, a Comissão Nacional Superior para a Marcha de Retorno e Ruptura do Cerco convocou os palestinos em Gaza, Cisjordânia ocupada e Israel a participar da marcha. Alertou ainda que a escalada de Israel contra os protestos é um “movimento desesperado visando contornar as demandas de nosso povo”.
A Comissão reiterou sua rejeição à conferência de Manama, durante a qual os aspectos econômicos do tão aguardado “Acordo do Século” devem ser revelados. Convocou todos os países a boicotar a conferência, dada a sua negligência em relação às principais demandas palestinas, como um futuro Estado palestino em linhas de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital e o direito de retorno dos refugiados palestinos.