Ministérios israelenses arquivam um plano de desenvolvimento emblemático devido a objeções ṕor não incluir a Cisjordânia ocupada, segundo informou o Haaretz.
O plano conhecido como Tama 1 é o principal programa de planejamento para as próximas décadas do desenvolvimento de Israel, combinando mais de 300 projetos em áreas tão variadas quanto energia, transporte, uso da água, resíduos, praias e mineração.
Depois que o diretor-geral do Ministério da Agricultura, Shlomo Ben Eliyahu, pediu aos diretores-gerais de outros ministérios que não aprovassem o plano, seu chamado foi apoiado pelo ministro dos Transportes, Bezalel Smotrich.
Membro da União dos Partidos de Direita, Smotrich é um conhecido defensor da colonização israelense na Cisjordânia. Em seu posto atual,é responsável pela infraestrutura de transporte.
De acordo com o Haaretz, Tama 1 deveria seguir para votação pelo gabinete do Ministério das Finanças nesta semana, mas isso não vai acontecer agora, devido à demanda de Ben Eliyahu.
O questionamento de Ben Eliyahu levanta uma questão, já que a Lei de Planejamento e Construção não se aplica à Cisjordânia, e assim não fica claro como o plano mestre poderia se aplicar à região.
Mesmo que a preocupação de Ben Eliyahy seja com a não inclusão da Cisjordânia, seu apelo foi baseado em argumentos técnicos, como apontou o Haaretz, considerando que Israel está indo para uma nova eleição,
Ele propôs uma série de opções para seguir com o plano, incluindo a sua extensão do“para incluir a terra entre a Linha Verde e a fronteira com a Jordânia” (isto é, a Cisjordânia), ou que o Gabinete Nacional de Planejamento coopere com o plano, a fim de adicionar um plano Tama 1 Leste que cubra a Cisjordânia.