O Gabinete de Segurança de Israel aprovou ontem um novo plano para construir 6 mil unidades habitacionais em assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada.
A decisão chega um dia depois de o Gabinete de Segurança do país ter emitido licenças para 715 unidades habitacionais palestinas na “Área C” da Cisjordânia ocupada, que está sob o controle militar e administrativo de Israel.
Fontes da mídia israelense disseram que a decisão foi tomada alguns dias antes do assessor presidencial dos Estados Unidos, Jared Kushner, visitar o Oriente Médio, quando ele deve vir a Israel para negociações.
Em resposta à aprovação de Israel à casas palestinas, a Autoridade Palestina disse que não há necessidade de os palestinos obterem permissão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para construir na “Área C” dos territórios palestinos ocupados.
Em seu comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina disse que as políticas de Netanyahu provam que ele lida com a área palestina ocupada C como uma “reserva estratégica” para assentamentos judaicos e “está transformando os assentamentos fragmentados em um bloco geográfico contíguo”.
Na semana passada, Israel arrasou 100 casas palestinas na Jerusalém Oriental ocupada, em grupos que os direitos humanos disseram ser o “pior caso de limpeza étnica desde 1967”.