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Autoridades de Israel avançam no plano de expansão de assentamentos no coração de Hebron

Colonos israelenses caminham em direção ao túmulo de Atnaeil Ben Kinaz, local religioso judaico na cidade ocupada de Hebron (Al-Khalil), Cisjordânia, 22 de julho de 2018 [Wisam Hashlamoun/Apaimages]

Autoridades da ocupação israelense avançaram em seus planos de expansão da presença colonial judaica no coração de Hebron (Al-Khalil), relatou o jornal The Jerusalem Post.

Segundo a reportagem, o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu deu ordem a seus oficiais de defesa para permitirem que colonos registrem metade de um edifício de três andares em frente à Mesquita Abraâmica (Túmulo dos Patriarcas), “em nome da companhia de desenvolvimento que alega ter obtido as propriedades de residentes palestinos”.

A outra metade da estrutura, conhecida pelos colonos como Beit HaMachpela, “permanece nas mãos dos proprietários palestinos anteriores, a família Abu Rajab”, reiterou o jornal.

Em 2012, 2013 e 2018, colonos tentaram se mudar para o edifício repetidamente, o que levou a Suprema Corte de Israel a determinar que colonos “devem esperar até que a estrutura esteja devidamente registrada em nome do Registro de Terras”.

Segundo o jornal, “as ações de domingo (25), oferecem a possibilidade das famílias se mudarem para a estrutura”. Por ora, no entanto, as ordens militares israelenses barram a entrada dos colonos até segundo momento.

O advogado da família Abu Rajab, Samer Shehadeh, “afirmou ter planejado entrar com recurso contra a decisão de permitir o registro do edifício em nome dos colonos”. A família Abu Rajab “contesta a alegação de compra dos colonos”, acrescentou a reportagem.

Caso os colonos se mudem para o edifício, o episódio seria um novo “marco na expansão continuada” dentro da área H2, em Hebron (Al-Khalil), perto da Mesquita Abraâmica.

Hagit Ofran, da organização Peace Now, reivindicou que o governo barre a mudança dos colonos ao edifício.

“Espera-se de um governo responsável que se recuse a submeter-se aos desmandos de um grupo minoritário extremista,” afirmou Ofran. “O governo deve seguir uma política clara que leva em consideração aspectos de segurança e potenciais acordos futuros” com a população palestina.

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