O governo iraquiano se comprometeu, neste sábado, a conversar com representantes dos manifestantes em um esforço para encerrar uma onda de protestos que mataram dezenas de pessoas no país, informou a Agência Anadolu.
A unidade de acompanhamento no gabinete do primeiro-ministro Adel Abdul-Mahdi disse que “está entrando em contato com partidos influentes nos protestos populares em seis províncias”, informou a Agência de Notícias do Iraque.
“Há um acordo em atender às demandas legítimas dos manifestantes”, afirmou a unidade.
As negociações de sábado foram as primeiras entre o governo iraquiano e os manifestantes desde o início das manifestações na terça-feira em Bagdá e nas províncias do sul do país.
Pelo menos 100 pessoas foram mortas e mais de 2.500 outras ficaram feridas nos protestos, segundo uma autoridade anônima do Ministério da Saúde do Iraque.
Manifestantes iraquianos exigem que Abdul-Mahdi renuncie, além de melhorar as condições de vida e acabar com a corrupção nas manifestações que eclodiram na terça-feira.
O descontentamento tem crescido no Iraque nos últimos anos devido ao aumento das taxas de desemprego e à corrupção desenfreada. Muitos no país têm acesso limitado a serviços básicos, como eletricidade e água potável, e o nível de desemprego é de cerca de 10%.