O presidente libanês Michel Aoun pediu na quarta-feira ao primeiro-ministro demissionário, Saad Hariri, que continue administrando o governo até que um novo seja formado.
Isso aconteceu no dia seguinte ao primeiro-ministro Hariri apresentar sua renúncia ao Palácio Presidencial de Baabda, depois de duas semanas do surto de protestos no Líbano, exigindo a saída de toda a classe política.
De acordo com o disposto no artigo 69, parágrafo 1, da Constituição Libanesa, que estipula que o governo é considerado destituído em caso de demissão de seu chefe, a Diretoria Geral da Presidência anunciou em uma declaração que o Presidente da República “solicitou ao governo que continuasse suas atividades até a formação de um novo”.
A declaração acrescentou que o presidente agradeceu ao primeiro-ministro renunciante e a todos os ministros.
Vale ressaltar que, após 13 dias de um movimento popular sem precedentes, que paralisou o país, Hariri anunciou a renúncia de seu governo, ontem, em resposta à “vontade de muitos libaneses que saíram às ruas para exigir mudanças”.
No início da semana passada, Hariri apresentou um documento sobre reformas econômicas na tentativa de absorver a raiva das ruas. No entanto, os manifestantes consideraram essa iniciativa uma tentativa tardia de se reconciliar com eles, que não tiveram atendidas suas demandas, prosseguindo com os protestos.