As tempestades que tomaram conta da Somália no último mês mataram ao menos dez habitantes e deslocaram mais de 270.000 pessoas no país, segundo informações das Nações Unidas divulgadas na última sexta-feira (1°).
O leste da África vivencia tempestades e enchentes que forçaram famílias inteiras a deixar suas casas.
Residentes da cidade de Beledweyne, na região central da Somália, relataram que o transbordamento de um rio causou ao menos dez mortes, quando um barco de resgate virou em uma operação para auxiliar residentes ilhados.
Espera-se que uma tempestade tropical deteriore ainda mais as condições da população somali. Os serviços de meteorologia preveem que as chuvas continuem até o fim do ano e organizações humanitárias alertam para o risco de deslocamento em massa e epidemias transmitidas pela água.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) afirmou que conseguiu distribuir alimentos para aproximadamente 4.000 famílias nas áreas afetadas. “Tempestades em diversos países africanos causaram enchentes na Somália, Sudão do Sul e Quênia, no ano de 2019,” declarou à imprensa o porta-voz da entidade, Herve Verhoosel.
Segundo consta, o PAM enviou também um helicóptero carregado com assistência alimentar para dar apoio aos residentes de Beledweyne e áreas adjacentes afetadas pelas enchentes.
“O PAM está trabalhando em sintonia com a força-tarefa de resposta a desastres relacionados a enchentes, ao departamento do estado somali de assuntos humanitários e ao gerenciamento de desastres, além de outras agências da ONU, a fim de coordenar o alcance às pessoas mais afetadas pelas chuvas,” afirmou Verhoosel.
“O PAM planeja fornecer assistência alimentar a sete aldeias em Beledweyne,” reiterou o oficial da ONU.