Ontem, a União Européia (UE) criticou os mais recentes planos de expansão de assentamentos de Israel, mas mais uma vez falhou em se referir a medidas práticas de responsabilização.
“Em outubro de 2019, as autoridades israelenses aprovaram o avanço de mais de 2.000 unidades habitacionais em assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada”, dizia o comunicado.
A UE reiterou que sua “posição sobre a política de assentamentos de Israel no território palestino ocupado é clara e permanece inalterada: todas as atividades de assentamentos são ilegais sob o direito internacional e corróem a viabilidade da solução de dois estados e as perspectivas de paz duradoura”.
A declaração também mencionou a aprovação dada pelas autoridades israelenses para ” a construção de um túnel contornando Belém, a oeste”.
“A construção progressiva de uma rede de estradas separada, conectando assentamentos e postos avançados entre si e a rede de estradas em Israel, contornando cidades e comunidades palestinas, está entrincheirando a fragmentação da Cisjordânia”, acrescentou a UE.
A UE instou Israel “a encerrar todas as atividades de assentamento, de acordo com suas obrigações como potência ocupante”, e afirmou que “continuará apoiando a retomada de um processo significativo em direção a uma solução negociada de dois estados”.
No entanto, a declaração falhou em romper com esses textos anteriores, ao omitir qualquer menção a medidas práticas que seriam tomadas se Israel persistisse em suas violações do direito internacional.
Conforme relatado pela Associated Press, o órgão de controle de assentamentos israelense Peace Now informou que as autoridades israelenses “aprovaram várias etapas de planejamento para a construção de 2.342 novas unidades habitacionais na Cisjordânia ocupada no mês passado”.
O Peace Now também observou que “Israel já avançou em vários estágios em mais de 8.300 casas de assentamentos este ano”, o que representa um aumento de 50% em relação a 2018.