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Armas francesas mataram dezenas de iemenitas, dizem rebeldes houthis

Civis que fugiram da atual guerra civil, em seu difícil cotidiano no campo de refugiados de Al-Raqah na província de Amran, no norte de Sanaa, Iêmen. Em 24 de novembro de 2019. [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]

Os houthis do Iêmen acusaram a França, na quarta-feira (24), de fornecer armas e logística à coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita que luta contra o grupo rebelde no país devastado pela guerra, informa Anadolu.

“A França matou e feriu mais de 38 iemenitas por projéteis de artilharia no mercado de Al-Raqou, no distrito fronteiriço de Manbeh, na província de Saada”, tuitou Mohamed Al-Houthi, um dos principais rebeldes houthis, acrescentando que o sistema jurídico francês estava fazendo vista grossa para esses ataques.

Até agora, nenhum comentário foi feito pela Coalizão Árabe ou pelo governo francês sobre essas acusações.

Na segunda-feira, o grupo acusou o exército saudita de bombardear o mercado de Al-Raqou, que deixou dezenas de mortos e feridos.

O Iêmen é assolado pela violência e pelo caos desde 2014, quando rebeldes houthis invadiram grande parte do país, incluindo a capital Sanaa.

A crise aumentou em 2015, quando uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita lançou uma campanha aérea devastadora, destinada a reverter os ganhos territoriais houthis.

A Arábia Saudita e seus aliados acusam os houthis de serem procuradores do Irã.

Desde então, acredita-se que dezenas de milhares de iemenitas, incluindo numerosos civis, tenham sido mortos e feridos no conflito, enquanto outros 14 milhões estão em risco de morrer de fome, segundo a ONU.

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