Nabih Berri, Presidente da Câmara dos Representantes do Líbano, afirmou na quarta-feira (5) que os proprietários de cinco bancos majoritários no país transferiram “dinheiro pessoal” no valor de US$ 2.3 bilhões para o exterior.
O jornal libanês Al-Akhbar relatou que a estimativa posta por Berri durante encontro com o Bloco de Desenvolvimento e Libertação no parlamento é próxima aos índices revelados por Samir Hammoud, presidente da Comissão de Controle Bancário do Líbano, em carta emitida ao Procurador-Geral, Ghassan Owaidat.
O jornal reiterou ainda que Hammoud detalhou em sua carta que a quantia transferida de bancos operantes no Líbano para bancos na Suíça, durante o período de 17 de outubro de 2019 a 14 de janeiro de 2020, equivale a US$ 2.276 bilhões.
Desde outubro de 2019, protestos populares em escala nacional – motivados em parte pela pior crise econômica desde a guerra civil do Líbano, entre 1975-1990 – resultaram no fechamento de bancos e na paralisação política e econômica do país.
Em janeiro, devido às manifestações, a empresa de análises financeiras S&P Global Ratings anunciou a redução da classificação de crédito do Líbano, tanto local quanto internacional, alegando riscos financeiros que possam impedir o governo de pagar suas dívidas. Bancos libaneses também tiveram sua capacidade de crédito reduzida. A confiança na governabilidade política e na economia do Líbano permanece em queda.