O Presidente do Líbano Michel Aoun afirmou neste sábado (8) que estados estrangeiros – França, em particular – expressaram desejo de ajudar o país árabe em recuperar-se da grave crise econômica atual, segundo informações da agência Reuters.
Conforme o Líbano sofre sua pior crise econômica e financeira em décadas, doadores estrangeiros relataram disposição para auxiliá-lo sob condição de que o governo estabeleça reformas há muito postergadas.
Aoun declarou ter conversado por telefone com o Presidente da França Emmanuel Macron e que deverão retornar o contato nos próximo dias.
“Diversos estados expressaram seu anseio em ajudar o Líbano, com França na vanguarda”, reportou o gabinete de Aoun no sábado, em entrevista do presidente libanês à revista francesa Valeurs Actuelles. Contudo, não concedeu detalhes sobre o assunto.
O novo governo libanês aprovou um plano de resgate que busca obter ajuda estrangeira para a crise, requer cortes nas taxas de juros e alerta para algumas “medidas dolorosas” caso necessárias, conforme cópia enviada à Reuters na última quinta-feira (6).
A declaração política sobre as propostas do novo governo será apresentada ao parlamento na próxima semana, a fim de obter voto de confiança.
O gabinete do Primeiro-Ministro Hassan Diab foi composto em janeiro, com apoio do movimento Hezbollah, apoiado pelo Irã, e seus aliados políticos, que possuem maioria no Parlamento.
O governo deverá debater o choque de liquidez, a crise na confiança nos bancos, o déficit da libra libanesa e a enorme inflação que assola o país.
Diab tomou posse três meses depois da renúncia do governo de Saad al-Hariri, sob pressão dos protestos populares em escala nacional, contra a elite no governo, acusada de corrupção e má administração.