Neste domingo (9), três soldados do Exército do Líbano foram mortos por uma emboscada após perseguirem um carro roubado perto da cidade de Hermel, no norte do país. Outros quatro soldados foram feridos.
Em declaração, o Exército relatou que a patrulha militar perseguia um carro roubado quando os soldados caíram em meio a um tiroteio.
A princípio, dois soldados foram reportados mortos pelo ataque; um terceiro soldado faleceu posteriormente. Segundo as declarações militares, um atirador foi morto e o motorista do veículo roubado foi detido.
O ataque ocorreu em Hermel, na região de Ras Al-Assi, noroeste do Líbano, perto da fronteira com a Síria.
A agência de notícias estatal LBC declarou que o Exército do Líbano interditou a área ainda na tarde de ontem, após matar um fugitivo identificado como Kh. A. D. Desde então, o Exército executa patrulhas na cidade.
Mais tarde, os oficiais militares responsáveis pelo caso identificaram os soldados mortos: Primeiro-Sargento Ali Nayef Ismail, Ahmad Karam Haidar Ahmad e Hasan Mohamad Ezzeddine.
O Primeiro-Ministro Hassan Diab condenou o ataque e afirmou: “A emboscada submetida à patrulha do Exército do Líbano agride em realidade nossa estabilidade, sobre a qual o exército libanês exerce papel essencial, ao protegê-la.”
Conforme informações da agência estatal NNA, Mohamad Fahmi – Ministro do Interior e Municipalidades – reverberou sentimentos similares: “Um ataque armado contra o Exército do Líbano … um ataque contra o Líbano como um todo.”
Fahmi e Diab descreveram o Exército como “válvula de segurança da nação”.
Diab ainda pediu uma prisão rápida dos agressores em questão, ao declarar: “Que Deus descanse as almas dos mártires e recupere logo os feridos.”
Em sua página do Twitter, Zeina Akar – Vice-Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa – também ofereceu suas condolências: “Com esperança, vontade e determinação, trabalharemos todos para restaurar a segurança e a justiça no Líbano.”
É raro este tipo de ataque contra o Exército do Líbano; as circunstâncias permanecem obscuras.
A área de Hermel, conhecida como posto avançado do Hezbollah, vivenciou múltiplos ataques a bomba no final de 2013 e início de 2014. A maior parte dos ataques tinha como alvo bases militares libanesas na região.
O braço armado libanês da Frente Al-Nusra – grupo paramilitar com grande participação na guerra civil na Síria, em oposição direta ao Presidente Bashar al-Assad e aliados – assumiu responsabilidade pelos ataques, alegando retaliação por supostos crimes do Hezbollah contra mulheres e crianças sunitas no território sírio.
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