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Brasil quer ser amicus curiae na Corte de Haia, em favor de Israel

17 de fevereiro de 2020, às 08h25

Tribunal Penal Internacional em Haia. Em 30 de julho de 2016, Holanda [Michel Porro/Getty Images]

A embaixadora do Brasil na Holanda, Maria Regina Cordeiro Dunlop,  encaminhou na última sexta-feira ao Tribunal Penal Internacional (TPI ou Corte de Haia) um pedido para atuar como amicus curiae na apuração preliminar sobre a situação da Palestina e a denúncia de crimes praticados por Israel na ocupação dos territórios.

O gesto brasileiro se da na sequência de pedidos semelhantes feitos pela Alemanha e pela República Tcheca, indicando uma movimentação de Israel em busca de apoios para barrar o processo movido pela Autoridade Palestina.

Em dezembro passado, a procuradora do TPI, Fatou Bensouda, anunciou a intenção de investigar crimes de guerra israelenses, o que até hoje havia sido negado ou postergado pela Corte. A embaixadora brasileira argumentou contra a abertura do processo que seria, segundo ela, prejudicial ao diálogo entre Israel e Palestina.