Em 2006, militantes mascarados invadiram a casa do refugiado palestino no Iraque Khalid Mustafa Mahmoud e sequestraram seu pai. Ele não voltou para casa desde então.
Falando à Quds Press, Khalid, que desde então se casou e teve dois filhos, foi forçado a fugir para a Alemanha. “Eu tinha 14 anos e ainda não soube nada do destino de meu pai até agora”.
Khalid disse que sua família procurou seu pai por anos. “Sempre que perguntamos por ele em uma delegacia, eles nos ameaçam, em vez de ajudar”, disse ele, “Transformaram nossa vida em cenas de horror, pois todas as tentativas de saber algo sobre ele falharam”.
Sob muita pressão, incluindo a detenção de seus membros, a família de Khalid também foi forçada a fugir para a Turquia.
O jornalista Hassan Khalid disse à Quds Press que existem cerca de 50 palestinos nas prisões iraquianas acusadas de crimes terroristas e que 15 palestinos foram submetidos a desaparecimentos forçados.
Os presos palestinos também são vítimas de campanhas de distorção dos fatos em canais de TV, além de estarem vulneráveis a violações e tortura e privação de visitas familiares.
Eles não foram incluídos na lei de anistia geral que foi aprovada pelo parlamento iraquiano em 2017, conforme explicou Hassan.
As famílias dos presos vivem em condições “trágicas” porque não têm fonte de renda, sendo impossibilitadas de viver decentemente ou contratar advogados. Milhares deles foram forçados a fugir do país.
Segundo a Quds Press, cerca de 40 mil refugiados palestinos estavam no Iraque em 2003, quando os EUA ocuparam o país. Centenas foram mortos e aprisionados pelas tropas americanas e milícias iraquianas sob diferentes pretextos.
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