O Secretário-Geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) Saeb Erekat fez um apelo nesta terça-feira (31) à comunidade internacional para que pressione Israel a libertar prisioneiros palestinos antes da pandemia de coronavírus chegar às prisões. As informações são da rede de notícias Quds Net.
Erekat enviou uma mensagem a líderes mundiais, incluindo o Michelle Bachelet, Alta Comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos, e chefes de governo na União Europeia, Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e países-membros da Organização para Cooperação Islâmica (OCI).
Erekat destacou que os prisioneiros palestinos são vulneráveis ao vírus devido às péssimas condições de saúde nas prisões israelenses. O oficial palestino ainda detalhou a situação grave na qual Israel mantém seus prisioneiros, incluindo negligência médica e falta de saneamento, essencial neste contexto em particular.
Segundo grupos de direitos humanos e em defesa dos prisioneiros políticos palestinos, observou Erekat, há cerca de 5.000 palestinos detidos hoje nas cadeias de Israel. Aproximadamente 700 presos dependem de tratamento médico regular; 200 destes sofrem de doenças graves ou crônicas.
O oficial palestino destacou a necessidade de testar os prisioneiros para detectar o vírus, após três guardas penitenciários de Israel testarem positivo para a doença.
Na última semana, a Sociedade de Prisioneiros Palestinos registrou que três presos palestinos foram diagnosticados com o novo coronavírus. Israel negou o fato, mas sua contestação não pode ser verificada devido às restrições de acesso a informação impostas pelas autoridades israelenses no que se refere aos prisioneiros palestinos.
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