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Argélia detalha número de mortos por minas terrestres da colonização francesa

Placa de perigo em campo minado [Adam Jones/Wikipedia]

A Argélia submeteu um relatório à Organização das Nações Unidas (ONU) que inclui o número de vítimas de minas terrestres deixadas no país africano pela colonização francesa. Segundo o estudo, cerca de nove milhões de minas terrestres foram instaladas no país, resultando na morte de aproximadamente 7.300 argelinos.

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De acordo com a agência oficial de notícias APS, a Argélia emitiu seu relatório anual referente a 2019 às Nações Unidas, descrevendo em detalhes os esforços exercidos há décadas para limpar ou conscientizar a população sobre os perigos dos campos minados.

As minas terrestres mataram 4.830 argelinos durante a revolução, além de 2.470 vítimas após a independência, além de resultar em deficiência física para ao menos 20% das pessoas afetadas pelos dispositivos.

O relatório indica que o maior número de vítimas de minas terrestres antipessoais foi registrado nas principais áreas de fronteira desde 1956, nas províncias de El-Tarif, Souk Ahras, Ghelma, Tebessa, Tlemcen, Naama e Béchar.

Segundo o relatório, o número total de minas francesas deixadas na Argélia desde 1956 contabiliza aproximadamente 8.8 milhões de dispositivos antipessoais, que requereram limpeza minuciosa de ao menos 62.000 hectares de terras.

O documento esclarece ainda que entre 27 de novembro de 2004 e 1° de dezembro de 2016, a Argélia embarcou em um plano para limpeza de minas terrestres nas mais importantes áreas de fronteiras, em locais referentes às linhas de Shal e Morice, pontos de atrito durante a guerra de independência da Argélia.

O programa argelino conseguiu então destruir 1.035.729 minas terrestres (com média mensal de mais de 1.750 minas) e limpar 12.418.194 hectares de terra. Após o processo de limpeza, as áreas seguras passam então por campanha de reflorestamento.

O relatório também destaca o papel das autoridades em oferecer o devido cuidado médico e social aos sobreviventes de minas terrestres, além da continuidade do processo legal iniciado em janeiro de 1974 para que vítimas argelinas de minas francesas recebam indenização.

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