Nesta segunda-feira (13), a empresa de sistemas de defesa militar Elbit Systems anunciou que passará a produzir milhares de máquinas de respiradores automáticos a pedido do governo de Israel, devido à alta demanda causada pela pandemia de coronavírus.
Com base em tecnologia desenvolvida pela companhia LifeCan Medical, as máquinas em questão deverão permitir que centros médicos em Israel forneçam cuidado inicial a pacientes que sofrem de perda severa das funções respiratórias, afirmou a Elbit Systems.
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Está prevista a produção de 300 máquinas por semana, a começar na semana seguinte ao fim do feriado de Pessach (Páscoa judaica), em 15 de abril. Os respiradores serão destinados a uso exclusivo de israelenses.
Segundo declaração da empresa, a Elbit Systems converteu duas de suas fábricas em linhas de montagem e produção que funcionarão em turnos para conter a alta demanda em um curto período de tempo.
Segundo o Ministério da Saúde, Israel possui em torno de 3.500 respiradores, um para cada 2.500 habitantes.
Em comparação, os Estados Unidos poderão produzir até 200.000 respiradores em escala nacional, segundo artigo da Sociedade Americana de Cuidados Críticos (SCCM), publicado em 25 de março – isto é, uma máquina para cada 1.635 habitantes.
Oficiais israelenses afirmaram que pretendem aumentar o estoque nacional de respiradores em até 7.000 unidades até maio, tanto por produção local quanto por aquisição internacional. Este índice poderia elevar a taxa israelense a um respirador para cada 1.245 habitantes.
A Elbit Systems declarou que alguns de seus negócios começaram a “vivenciar distúrbios” após a companhia anunciar antecipadamente, em relatório de resultados anuais divulgado em 25 de março, que a pandemia não trouxera impactos materiais à suas negociações.
“Estamos monitorando estes empreendimentos de perto e planejamos atualizar o mercado conforme o curso”, alegou a empresa.
A Elbit Systems é símbolo da indústria bélica de Israel e possui contratos em todo o mundo. A empresa atrai críticas internacionais por operações de vigilância e repressão na Faixa de Gaza e Cisjordânia ocupada, em particular pelo movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), que caracteriza suas ações como parte das violações de direitos humanos e crimes de guerra.
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