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Região curda autônoma no nordeste da Síria confirma primeiro caso de coronavírus

Menino sírio caminham sobre a lama que cobre uma viela entre tendas no campo de refugiados de Kefernahum, após fortes chuvas do início do inverno na província de Idlib, noroeste da Síria, em 2 de novembro de 2019 [Izzedin Idlibi/Agência Anadolu]

A administração autônoma do Curdistão no nordeste da Síria anunciou nesta sexta-feira (17) à Organização Mundial da Saúde (OMS) que confirmou o primeiro caso de coronavírus na região, após analisar amostras médicas em Damasco. As informações são da agência Reuters.

Em declaração, a administração regional afirmou que um homem de 53 anos faleceu no Hospital Nacional de Qamishli em 2 de abril e que a amostra enviada à Damasco referente ao paciente testou positivo para covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

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Entretanto, autoridades de saúde na região do Curdistão, administrada autonomamente, não foram alertadas sobre o resultado obtido na capital síria até recentemente. Os resultados saíram no mesmo dia da morte do paciente, há mais de duas semanas.

Inas Hamam, porta-voz da OMS na região, alegou que o resultado positivo foi reportado pelo Ministério da Saúde do governo sírio em 2 de abril e que vigilância ativa entrou em vigor sobre o nordeste do país, a fim de investigar outros casos em potencial.

“Contatos próximos do paciente foram rastreados e todos reportados negativo. Porém, segundo relatos, outro membro da família está atualmente internado no hospital com sintomas de covid-19, aguardando resultados”, afirmou Hamam.

A administração curda alertou para os “perigos” da falta de informação concedida diretamente às suas autoridades de saúde pelo governo de Bashar al-Assad, após confirmação do primeiro caso. “A organização internacional sabe muito bem que as autoridades sírias não cooperam com a administração autônoma”, reiterou em declaração o governo curdo.

Organizações humanitárias expressaram preocupação sobre a possibilidade da pandemia de coronavírus atingir o nordeste da Síria, onde a infraestrutura de saúde foi devastada pela guerra civil e suprimentos médicos são limitados.

Na sexta-feira (17), um oficial do Hospital Nacional de Qamishli, gerido pelo governo central em Damasco, negou a existência de qualquer caso de coronavírus tratado no hospital até então, alegação contestada após confirmado o caso em questão.

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