A Rússia confirmou repudiar os planos de Israel para anexar partes da Cisjordânia ocupada, ao destacar que tais projetos deverão prejudicar qualquer resolução do conflito com base na chamada solução de dois estados, em particular com o estabelecimento de um estado palestino independente.
Maria Zakharova, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, anunciou ontem (19) que o governo em Moscou e de outros países compartilham das preocupações palestinas sobre a implementação de tais planos, potencialmente prejudiciais ao estabelecimento de um Estado da Palestina viável, independente e integrado.
O Escritório Nacional de Defesa da Terra e Resistência à Colonização na Palestina alertou que autoridades da ocupação israelense continuam a implementar seus planos para anexar assentamentos na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém, à medida que assumem passos preliminares para “impor soberania” sobre o Vale do Jordão e norte do Mar Morto.
Segundo dados do Departamento de Negócios da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), aproximadamente 51.6% da Cisjordânia ocupada está hoje sob controle israelense.
No fim de 2019, estimativas indicavam a presença de mais de 150 assentamentos e 128 postos avançados ilegais na Cisjordânia ocupada, além de 15 assentamentos ilegais em Jerusalém Oriental. Ao todo, abrigam 670.000 colonos.
Todos os assentamentos são estritamente ilegais segundo a lei internacional.
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