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Decisão do Líbano sobre expatriados palestinos é condenada como ‘racismo’

Bandeiras da União Europeia, em 11 de novembro de 2019 [Aysu Biçer/Agência Anadolu]

O Monitor Euromediterrâneo para Direitos Humanos, com sede em Genebra, condenou nesta terça-feira (5) a decisão assumida por autoridades libanesas de impedir que expatriados palestinos retornem ao Líbano diante da pandemia de coronavírus. A organização humanitária descreveu a medida como “racismo hediondo”.

No início deste mês, o governo libanês emitiu um memorando à embaixada do país nos Emirados Árabes Unidos com ordens para não permitir o retorno de refugiados palestinos que eventualmente estivessem em território emiradense, sem esclarecer, no entanto, as razões para tal decisão. O documento requisitou à embaixada que concentrasse seus esforços apenas em cidadãos libaneses.

“O memorando inclui discriminação racial hedionda contra refugiados palestinos que possuem documentos de viagem libaneses. Quem possui tais passaportes deve receber tratamento similar ao cidadão libanês, em caso de deportação”, afirmou em comunicado Tariq Hajjar, conselheiro jurídico do Monitor Euromediterrâneo.

Em postagem no Facebook, o refugiado palestino Tarek Abu Taha, residente no Líbano, confirmou as notícias e relatou que oficiais de segurança libaneses não o permitiram sair do aeroporto de Dubai em rota ao Líbano, apenas por sua origem palestina.

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Abu Taha destacou que a discriminação ocorreu a despeito do fato de ser casado com uma cidadã libanesa e que seu filho, portanto, possui cidadania no país.

“Impedir a viagem de refugiados palestinos com passaporte libanês constitui violação flagrante de sua liberdade de movimento”, prosseguiu Hajjar.

Cerca de 400.000 refugiados palestinos estão espalhados em doze campos no Líbano. Os refugiados chegaram ao país em fuga de massacres cometidos por milícias israelenses contra o povo palestino, com o objetivo de limpar o caminho para a criação de Israel.

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