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Arábia Saudita e EAU promovem laços com Israel às custas dos palestinos, denunciam houthis

10 de maio de 2020, às 11h00

Material de divulgação da novela emiradense ‘Umm Haroun’, em 27 de abril de 2020 [Hassan Hassan/Twitter]

Abdul Malik Al-Houthi, líder do grupo paramilitar iemenita houthi, afirmou na sexta-feira (8) que Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos (EAU) promovem laços com Israel às custas do povo palestino.

Al-Houthi destacou uma novela emiradense transmitida em ambos os países durante o Ramadã, mês sagrado islâmico, cuja temática encoraja a normalização com Israel.

Nações árabes e a normalização com Israel [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

O líder iemenita alertou nações e povos contra formas de apoio ou negociação com Estados Unidos, Israel e outros aliados.

Em discurso veiculado na quinta-feira (7), Al-Houthi declarou: “A opressão sionista é a pior em todo o mundo e possui seu impacto negativo também em todo o mundo, mas principalmente nas grandes potências … Aquele que trabalha diretamente com Israel e coopera com isso é um deles e é parceiro deles em seu modelo global de opressão.”

A rede saudita MBC ameaçou rejeitar ou interromper a transmissão da série de televisão árabe por seu evidente discurso de normalização das relações com Israel. Segundo protestos, cenas da novela chegam a representar os palestinos como selvagens e a ocupação israelense como misericordiosa.

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