O ministro sírio de Petróleo e Recursos Minerais, Ali Ghanem, proibiu ontem carros com motores acima de 2.0 recebam gasolina subsidiada como parte de novas medidas de austeridade para conter a crise de hidrocarbonetos do país, informou a agência de notícias estatal SANA.
Ghanem disse que a decisão também inclui qualquer pessoa que possua mais de um carro, sejam cidadãos ou empresas; acrescentando que as receitas serão realocadas para serviços públicos e projetos de desenvolvimento.
Antes da decisão, os carros particulares, independentemente da capacidade do motor, tinham direito a 100 litros de gasolina subsidiada por mês.
Sob as novas regulamentações, os proprietários de automóveis precisam garantir combustível à taxa não subsidiada, fixada em nove mil libras sírias (aproximadamente doze dólares) por 20 litros.
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O ministro sírio disse que o preço dos derivados e do petróleo bruto fornecido à Síria é mais alto que os preços internacionais.
Ghanem disse que seu país precisa de 146 mil barris de petróleo por dia, enquanto o país produz apenas 24 mil.
Antes de 2011, a Síria produzia 400 mil barris de petróleo por dia. No entanto, o setor sofreu muitas perdas, especialmente depois de perder grandes campos de petróleo e gás para as Forças Democráticas Sírias, apoiadas pelos EUA, no norte e leste do país.
Segundo as estimativas da ONU, a maioria dos sírios vive abaixo da linha da pobreza, enquanto o Programa Mundial de Alimentos estima que os preços dos alimentos aumentem 107% em um ano.