Neste domingo (31), dezenas de colonos israelenses entraram à força no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, logo após reabertura do local islâmico, segundo o diretor da mesquita Omar Kiswani. As informações são da agência Anadolu.
“Cerca de 105 colonos judeus entraram no complexo desde o início da manhã, sob escolta da polícia israelense”, relatou Kiswani. Segundo o oficial de Al-Aqsa, o movimento tinha como objetivo “perturbar os fiéis”, após a mesquita ser reaberta a orações, na manhã de hoje.
A mesquita permaneceu fechada para todos os fiéis por mais de dois meses, desde o fim de março, diante do surto de covid-19 nos territórios palestinos.
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Kiswani também relatou que forças israelenses prenderam três palestinos – um jovem e duas moças – dentro do local. Nenhuma razão foi concedida para realizar as prisões. “Tais incursões e prisões não alterarão a natureza árabe e islâmica da Mesquita de Al-Aqsa”, reiterou Kiswani.
A Mesquita de Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado para os muçulmanos. Conforme políticas da ocupação para apagar a identidade palestina de Jerusalém, judeus sionistas alegam que o complexo de Al-Aqsa trata-se do chamado Monte do Templo, suposto local de dois templos judaicos da Antiguidade.
Israel ocupou Jerusalém Oriental, onde localiza-se Al-Aqsa, durante a chamada Guerra dos Seis Dias, em 1967. O estado sionista ocupou a cidade inteira em 1980, em movimento jamais reconhecido pela comunidade internacional.
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