A Arábia Saudita deve divulgar imediatamente a situação da ativista detida Loujain Al-Hathloul, que não entra em contato com sua família há três semanas e não pode receber visitas há mais de dois meses, informou ontem o grupo de direitos dos Prisioneiros de Consciência.
A família de Al-Hathloul disse que não conseguiu entrar em contato com ela.
“Exigimos que as autoridades sauditas divulguem imediatamente a situação e o estado de saúde de Loujain Al-Hathloul, permitindo que ela se comunique com sua família e liberte-a imediatamente sem demora ou pré-condições”, acrescentaram os ativistas.
“A negação contínua do direito de comunicação da ativista é legalmente inaceitável, e não devemos esquecer que sua prisão também é inválida, e o crime de torturá-la brutalmente não será esquecido”, continuou o tweet.
نطالب السلطات بالكشف الفوري عن وضع #لجين_الهذلول وظروفها الصحية من خلال السماح لها بالتواصل مع عائلتها، والإفراج الفوري عنها من دون إبطاء أو شروط مسبقة.
إن استمرار حرمان لجين من حقها بالاتصال غير مقبول قانونياً ولا ننسى أن اعتقالها باطل في الأصل، ولانُغفل جريمة تعذيبها بوحشية. pic.twitter.com/mz3j1uh7FF— معتقلي الرأي (@m3takl) June 1, 2020
No domingo, a irmã de Loujain, Lina, escreveu no Twitter: “Loujain não ligou esta semana. Esta é a 3ª semana consecutiva. As visitas são proibidas desde meados de março. Estou preocupada. O primeiro período em que ela ficou incomunicável foi quando estava sendo torturada.”
Não foi possível obter um comentário imediato das autoridades sauditas sobre essa denúncia, mas o Reino normalmente nega qualquer falha em cuidar dos detidos em suas prisões.
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Em 15 de maio de 2018, as autoridades sauditas prenderam vários ativistas de direitos humanos de destaque, entre os quais Loujain Al-Hathloul, Samar Badawi, Nassima Al-Sadah, Nouf Abdulaziz e Mayya Al-Zahrani.
Os relatos da época atribuíam as razões da prisão à defesa dos direitos das mulheres no Reino.