Nesta semana, o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu alertou o Presidente da Síria Bashar al-Assad que estaria “arriscando o futuro” e a sobrevivência de seu regime, se mantiver a presença militar iraniana em seu país.
Ao lado de Brian Hook, representante dos Estados Unidos para o Irã, Netanyahu declarou a repórteres: “Não permitiremos que o Irã estabeleça presença militar na Síria.”
“Digo aos aiatolás em Teerã: Israel continuará a tomar as medidas necessárias para impedí-los de criar outro fronte militar e terrorista contra Israel”, prosseguiu Netanyahu. “Digo a Bashar al-Assad: o senhor põe em risco o futuro de seu país e de seu regime”.
LEIA: Agência de notícias do Irã relata visita do novo chefe militar à Síria
O premiê deixou claro que Israel vê o envolvimento iraniano no conflito sírio, ao lado de Assad, tanto financeira quanto militarmente, como ameaça à segurança nacional de Israel: “Estamos absolutamente decididos a impedir que o Irã crie raízes militares em nosso entorno imediato.”
Sobre o embargo de armas ao Irã, previsto para expirar em outubro, Hook também alertou que sua suspensão permitirá ao Irã “importar livremente jatos de guerra, helicópteros de combate, navios, submarinos e sistemas artilharia de grosso calibre, além de mísseis de certo alcance.”
Prosseguiu o oficial americano: “[O Irã] estará na posição de exportar suas armas e tecnologias a forças por procuração, como Hezbollah, Jihad Islâmica, Hamas, milícias xiitas no Iraque e Bahrein e os houthis, no Iêmen.”
“A última coisa que esta região precisa é de mais armas iranianas”, destacou Hooks.
Israel se opõe há muito tempo à presença de conselheiros militares iranianos na Síria, além de bases militares e milícias por procuração. O exército israelense admitiu ter conduzido uma série de ataques aéreos contra alvos iranianos no país ao longo dos anos. O alerta de Netanyahu, no entanto, representa a mais direta ameaça proferida pelo premiê contra Assad.
LEIA: Irã emite mandado de prisão para Donald Trump