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Conselho de Segurança da ONU rejeita proposta russa que restringiria ajuda à Síria

Homem sírio carrega ajuda humanitária, em Idlib, Síria, em 23 de junho de 2017 [İsmihan Özgüven / Agência Anadolu]
Homem sírio carrega ajuda humanitária, em Idlib, Síria, em 23 de junho de 2017 [İsmihan Özgüven / Agência Anadolu]

O Conselho de Segurança da ONU derrubou ontem uma resolução russa para reduzir pela metade a quantidade de ajuda humanitária entregue a pessoas deslocadas internamente na província de Idlib, no noroeste da Síria.

A proposta foi apoiada apenas pela China, Vietnã e África do Sul. Pretendia alargar o mecanismo de ajuda transfronteiriça por mais seis meses, limitando o transporte da ajuda a apenas uma passagem de fronteira em Bab Al-Hawa e bloqueando a segunda passagem em Bab Al-Salam.

Os países que votaram contra a resolução foram Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Bélgica, Estônia e República Dominicana. Os que se abstiveram foram Tunísia, Níger, Indonésia e São Vicente e Granadinas.

A resolução foi proposta depois que a Rússia e a China vetaram a atual resolução do Conselho de Segurança para estender as entregas de ajuda da Turquia para a Síria, que existe desde 2014 e deve expirar amanhã.

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O argumento da Rússia para esse veto é que a travessia de Bab Al-Hawa é suficiente para lidar com todas as necessidades humanitárias da população de Idlib, enquanto a travessia de Bab Al-Salam cobriria apenas 14% das entregas de ajuda.

Com o regime sírio recuperando grande parte de seu território nos últimos anos da guerra, muitos civis foram deslocados e forçados a fugir para o norte. Atualmente, cerca de três milhões vivem na província de Idlib.

Segundo a ONU, 70% dos residentes da província precisam urgentemente de assistência humanitária. “[Essa ajuda é] uma tábua de salvação para milhões de civis que a ONU não pode alcançar por outros meios.”

A proposta da Rússia de limitar a entrada de ajuda na Síria ocorreu logo depois que ela também encerrou um acordo da ONU que protege hospitais e instalações de saúde no país.

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