O próximo 25 de julho é Dia do Vestuário Tradicional Palestino. Pelo sentido que carrega de resistência cultural, e pela beleza e características inconfundíveis de um povo que preserva sua memória contra todas as adversidades, essa data é celebrada com festa, dança e muita história por palestinos em Gaza e Cisjordânia, nos campos de refugiados e na diáspora.

Para conversar sobre a história por trás das tradições populares palestinas, o Monitor do Oriente Médio entrevistará neste sábado, 25, a cineasta e estudante de Ciências Políticas e Sociais Rawa Alsagheer. Palestina nascida na Síria e refugiada no Brasil, Rawa consegue reunir o sentido da resistência atual contra a ocupação da Palestina por Israel, com as experiências de uma geração que, mesmo no exílio de uma vida toda, carrega a Palestina em seus hábitos e valores culturais.

Cineasta, Rawa mostrou a sensibilidade da artista no curta-metragem Fingers, no qual uma criança procura decifrar o sentido das expressões humanas através do movimentar dos dedos que observa. O protagonista traz um pouco de cada refugiado que se vê sem alternativa senão decifrar um novo mundo desconhecido que se apresenta no seu destino.

Mas além do cinema, Rawa é também uma contadora de histórias e uma professora que promove oficinas de Dabke – dança folclórica popular espalhada na Síria, Líbano, Palestina e Jordânia, executada em festas, casamentos e eventos que levam a tradição palestina.

Um pouco sobre a história dessas tradições e como hoje elas são importantes para o um povo que luta por seu direito de retorno à Palestina, é o que MEMO buscará ouvir nesta conversa conversa sobre história e identidade no Dia do Vestuário Tradicional Palestino.

Rawa Al Sagheer será entrevistada pela jornalista Rita Freire, editora do Monitor do Oriente Médio, às 12h do próximo sábado, 25 de julho. A entrevista terá transmissão online pelo facebook do Monitor do Oriente Médio. Para marcar a data, a live incluirá também uma apresentação cultural sobre a Palestina.

O vestuário tradicional palestino carrega em cada peça a história dos teares, das lãs de ovelhas e camelos, dos tingimentos naturais e dos bordados criados nas aldeias ao longo do tempo.

O vestuário tradicional palestino carrega em cada peça a história dos teares, das lãs de ovelhas e camelos, dos tingimentos naturais e dos bordados criados nas aldeias ao longo do tempo.

Celebração do Dia do Vestuário Tradicional Palestino na cidade de Gaza, em 30 de julho de 2019 [Ali Jadallah / Agência Anadolu]

Vestuário tradicional das famílias aldeãs palestinas

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