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Presidente do Irã agradece países que se opuseram à extensão do embargo proposto pelos EUA

Presidente do Irã Hassan Rouhani após encontro de seu gabinete, em Teerã, capital iraniana, 12 de agosto de 2020 [Presidência do Irã/Agência Anadolu]
Presidente do Irã Hassan Rouhani após encontro de seu gabinete, em Teerã, capital iraniana, 12 de agosto de 2020 [Presidência do Irã/Agência Anadolu]

O Presidente do Irã Hassan Rouhani agradeceu os países que se abstiveram ou votaram contra a resolução proposta pelos Estados Unidos para estender o embargo de armas da ONU sobre a república islâmica, previsto para expirar em outubro próximo.

As informações são da agência de notícias oficial iraniana IRNA.

Em reunião de seu gabinete, realizada ontem (19), Rouhani expressou sua gratidão aos onze países que se abstiveram diante da votação para a resolução estadunidense e destacou “os dois países amigos, Rússia e China”, que votaram contra a determinação.

LEIA: Derrotado na ONU, Trump busca meios controversos para impor sanções ao Irã

Rouhani alegou que os Estados Unidos tornaram-se um país “isolado” e que o povo iraniano venceu.

Sobre o acordo nuclear iraniano, assinado entre Teerã e potências mundiais, em 2015, revogado unilateralmente pelo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, declarou Rouhani: “Caso Teerã assuma a iniciativa de abandonar o acordo, em resposta à retirada americana, os Estados Unidos não terão pago o preço por suas derrotas”.

Sob o acordo nuclear iraniano, conhecido formalmente como Plano de Ação Compreensiva Conjunta, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – China, França, Reino Unido, Rússia e Estados Unidos – e Alemanha concordaram em gradualmente suspender sanções ao Irã.

Em troca, o Irã comprometeu-se em limitar suas atividades nucleares, a fim de impedir pesquisas sobre a bomba atômica.

Entretanto, em maio de 2018, Washington retirou-se do acordo e restabeleceu sanções, antes suspensas conforme o pacto.

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