Um membro da delegação de diálogo do Alto Conselho de Estado da Líbia confirmou na quarta-feira os esforços marroquinos em curso para organizar uma reunião entre o presidente do conselho, Khalid Al-Mishri, e o presidente da Câmara dos Representantes em Tobruk Aguila Saleh.
O membro da delegação, que falou à Agência Anadolu em condição de anonimato, acrescentou que os dois representantes, em nome do Alto Conselho de Estado e do Parlamento de Tobruk, ainda não realizaram uma reunião oficial.
A fonte revelou que os membros das duas delegações estavam contando com a presença de Al-Mishri e Saleh para iniciar a reunião, sendo que Al-Mishri anteriormente expressara a vontade de participar das negociações, ao contrário de Saleh que parecia hesitante.
A assessoria de imprensa do Alto Conselho de Estado da Líbia anunciou que Al-Mishri adiou sua visita ao Marrocos, ao mesmo tempo em que confirma que “as consultas continuarão entre as duas delegações de diálogo para chegar a um consenso”.
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Um membro do Conselho Superior de Estado disse à Agência Anadolu nesta quarta-feira que a segunda rodada de negociações, que estava marcada para quinta-feira, foi adiada por dificuldades logísticas, sem especificar uma data para retomar as discussões.
Entre 6 e 10 de setembro, Marrocos acolheu a primeira volta do diálogo líbio entre as delegações do Alto Conselho de Estado e o parlamento de Tobruk, que apoia a milícia do general Khalifa Haftar.
As duas partes no diálogo chegaram a um acordo abrangente sobre os critérios para nomear posições soberanas e concordaram em retomar as negociações no final do mês, a fim de finalizar os procedimentos necessários para a ativação e implementação do acordo.
A 16 de Setembro, o Chefe do Conselho Presidencial Fayez Al-Sarraj anunciou o seu “desejo sincero” de passar as suas funções à próxima autoridade executiva, o mais tardar no final de Outubro, desde que a comissão de diálogo conclua os seus trabalhos.
O país rico em petróleo tem vivido um conflito armado nos últimos quatro anos, já que a milícia de Haftar, que recebe apoio de países árabes e ocidentais, contestou o governo internacionalmente reconhecido da Líbia quanto à legitimidade e autoridade. O conflito levou a muitas mortes e ferimentos de civis, além de danos materiais maciços.
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