Lina Al-Hathloul afirmou temer profundamente pela segurança de sua irmã, a ativista saudita Loujain Al-Hathloul, presa desde 2018, atualmente em greve de fome e sem qualquer contato com a família.
Lina reiterou que a principal demanda de sua irmã é justamente manter contato regular com seus familiares.
Prosseguiu: “Trata-se da única detenta impedida de contactar seus parentes. A guarda da prisão sempre alega tratar-se de uma política geral, que não apenas a afeta. Mas quando ela conversa com outros presos, fica claro que eles têm permissão para telefonar”.
Segundo o jornal britânico The Independent, Lina Al-Hathloul destacou que as autoridades penitenciárias “estão punindo ela [Loujain] e sua família. Precisamos do apoio da comunidade internacional. Ela está presa há quase dois anos e meio!”
A agência Reuters reportou que a ativista saudita, detida em 2018 por reivindicar o direito das mulheres de dirigir no reino, deu início a uma greve de fome na última segunda-feira (26).
Lina declarou: “Loujain não deveria precisar lançar uma greve de fome para obter direitos básicos. Sentimos como se já estivéssemos de luto por ela. O mundo tem o dever de salvá-la e não esquecê-la, enquanto sofre na prisão.”
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“Loujain está em greve de fome, mas não temos notícias. Estou muito nervosa e assustada. Já são 48 horas sem resposta das autoridades sauditas, para nos informar se ela está bem. Meus pais, na Arábia Saudita, contactam a prisão e segurança do estado regularmente”, concluiu a irmã da ativista presa.