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Estados Unidos busca eliminar presença do PKK na Síria, afirma embaixador

James Jeffrey, representante especial dos Estados Unidos na Síria, visita a travessia de fronteira de Cilvegozu, na província de Hatay, Turquia, 3 de março de 2020 [Cem Genco/Agência Anadolu]
James Jeffrey, representante especial dos Estados Unidos na Síria, visita a travessia de fronteira de Cilvegozu, na província de Hatay, Turquia, 3 de março de 2020 [Cem Genco/Agência Anadolu]

Os Estados Unidos buscam reduzir e eliminar a presença do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) na Síria, segundo James Jeffrey, representante especial dos Estados Unidos no país árabe.

Em entrevista à rede de notícias Syria Direct, nesta semana, Jeffrey manteve a postura dos Estados Unidos de que o PKK representa uma organização terrorista. Declarou: “Queremos ver os quadros do PKK deixarem a Síria”.

Jeffrey argumentou que a presença do grupo curdo no país assolado pela guerra civil “trata-se de uma grande razão pela qual há tensão na Turquia, a nordeste [da Síria], e queremos reduzir esta tensão”.

A razão primária pela qual os Estados Unidos pretendem desescalar tensões na região, segundo Jeffrey, é porque “em todas as outras áreas, salvo o nordeste, temos coordenação bastante próxima com a Turquia sobre a situação na Síria.”

Prosseguiu: “Mesmo no nordeste, como eu disse, temos um acordo com a Turquia em termos de movimento militar.”

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Ao longo dos últimos anos, os Estados Unidos aliaram-se com as Forças Democráticas da Síria (FDS) e grupos paramilitares curdos no nordeste do país árabe, incluindo as Unidades de Proteção Popular (YPG), ao assistí-las militarmente em seu combate prévio contra o Daesh (Estado Islâmico).

A Turquia manteve reiteradamente sua oposição a esta aliança, devido a supostos vínculos dos grupos na Síria ao PKK, designado órgão terrorista e movimento separatista por Ancara, supostamente responsável por diversos ataques em território turco ao longo de décadas.

Os Estados Unidos, portanto, parecem desejar atenuar receios turcos de fortalecimento do PKK, à medida que Jeffrey busca garantir que o objetivo de seu país é encorajar e ajudar  a construir uma gestão civil no nordeste da Síria, em contraponto a qualquer regime militar.

O oficial americano destacou: “É preciso haver uma administração civil [no nordeste da Síria], pois, como sabem, o regime recuou da área em 2013.”

Em seguido, Jeffrey reiterou a urgência de uma “solução política à crise síria, que possa refletir a Resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU”, ao condenar a Rússia e o regime do Presidente da Síria Bashar al-Assad por recusar-se a desenvolver qualquer acordo de longo-prazo com as forças de oposição.

Diante das eleições presidenciais nos Estados Unidos e da atual incerteza diante de uma vitória do presidente incumbente Donald Trump ou seu rival Joe Biden, muitos especulam se a política externa americana sobre a Síria deverá mudar com uma nova gestão.

Jeffrey descartou tais especulações, ao asseverar continuidade da presente política dos Estados Unidos no país: “Não vejo mudança sobre nossa presença de tropas, tampouco em nossas políticas de sanções ou em nossa demanda de que o Irã deixe a Síria, seja sob Biden ou Trump.”

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