O Irã deverá introduzir em breve seus novos modelos de táxi aéreos, previstos para começar a operar no início do próximo ano, declarou Manouchehr Manteghi, chefe da Organização das Indústrias de Aviação do Irã.
A nova frota já obteve licença operacional de voo, com a definição das primeiras rotas, incluindo a separação regulamentar entre as linhas de táxi aéreo e os voos comerciais.
“O primeiro voo definitivamente será operado no mês de Bahman [janeiro-fevereiro de 2021], a partir do Aeroporto de Mehrabad, em Teerã”, declarou Manteghi à agência de notícias Mehr.
Contudo, Manteghi fez as mesmas promessas no último ano, ao alegar que o novo meio de transporte seria acessível a partir do início de 2020.
Em entrevista recente ao jornal Tehran Times, Arman Bayat, especialista em aviação e consultor do Programa de Táxi Aéreo da Companhia de Aeroportos do Irã reiterou que muitos aeroportos iranianos já possuem a infraestrutura necessária para amparar tais operações.
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Segundo Bayat, 80% dos aeroportos do Irã estão hoje inativos devido ao descumprimento de padrões internacionais, por receber simultaneamente voos comerciais e aeronaves de larga escala. O governo crê que o novo serviço poderá recuperar os aeroportos ociosos.
O Irã possui uma indústria de aviação historicamente estabelecida, com quase 80 anos de atividades, incluindo a mais antiga companhia aérea do Oriente Médio e a segunda mais antiga em toda a Ásia. Porém, enfrenta anos de negligência por parte do setor público.
Em julho, o Ministério da Defesa do Irã anunciou ter desenvolvido a primeira torre móvel de controle de tráfego aéreo em âmbito doméstico, que poderá ser utilizada para auxiliar todos os tipos de voos que passam pelos aeroportos do país.
O táxi aéreo é uma pequena aeronave comercial capaz de conduzir voos curtos sob demanda, com capacidade análoga a um táxi comum ou minivan, entre quatro a dez passageiros.
Neste ano, o jornal britânico The Guardian reportou que algumas empresas startups, fundadas por grandes companhias automotivas e de aviação, executaram voos-teste de aeronaves de decolagem e aterragem vertical (VTOL), movidas a eletricidade.
O serviço pilotado de táxi aéreo deve chegar ao consumidor comum antes de 2025. Segundo a Uber, gigante dos aplicativos de transporte, o serviço remotamente pilotado deve estar acessível até o fim da década.
Uma empresa alemã de tecnologia também desenvolveu um protótipo cujos voos operacionais estão previstos para 2024. A companhia japonesa SkyDrive, fundada pela multinacional Toyota, revelou seu veículo tripulado a oito turbinas, durante voo-teste conduzido em setembro.
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