Uma corte da Turquia sentenciou um ex-piloto militar a três penas perpétuas com agravantes e 648 anos de prisão por seu papel na tentativa de golpe de estado, em 15 de julho de 2016, reportou a agência Anadolu.
Em julgamento recente de oficiais da base aérea de Akinci, que serviu como quartel-general ao golpe frustrado, a corte determinou prisão perpétua a militares envolvidos no caso, incluindo o ex-piloto Mustafa Ozkan, além de civis que ajudaram a conspirar e executar o plano.
Ozkan foi condenado a 648 anos de prisão por tentar depor a ordem constitucional da Turquia e tentativa de homicídio premeditado.
O ex-tenente da Aeronáutica voou com seu jato combatente F-16 em velocidades que rompiam a barreira do som sobre a capital Ancara, durante a tentativa de golpe, na qual bombardeou a sede da polícia, resultando em dois mortos e 39 feridos.
A princípio, Ozkan negou seu papel no golpe de estado, ao alegar que não voou naquela noite e nada sabia da conspiração. Mais tarde, a promotoria desmentiu suas alegações.
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Separadamente, 1.511 suspeitos foram condenados a penas que vão de 14 meses a 20 anos de prisão, como parte dos julgamentos relacionados à tentativa de golpe. Alguns réus foram absolvidos em cortes nacionais.
Os julgamentos restantes continuam em Ancara, Istambul e outras sete províncias do país.
Segundo o estado turco, o golpe de estado foi orquestrado por Fethullah Gulen, clérigo radicado nos Estados Unidos, e apoiadores.
O incidente deixou ao menos 251 mortos e cerca de 2.200 feridos.
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