Terras pertencentes a cidadãos sírios deslocados pela guerra civil foram expropriadas e leiloadas pelo regime de Bashar al-Assad, reportou a rede AFP.

Segundo as informações, muitos sírios expulsos do país pelos confrontos brutais, que já duram uma década, foram surpreendidos ao descobrir que as fazendas de suas famílias foram confiscadas e vendidas pelo governo.

Refugiados sírios que desejam retornar enfrentam desafios sem precedentes, diante da violência da guerra ainda em curso e receios de prisão arbitrária pelas mãos do governo.

Em novembro, informações surgiram sobre as dificuldades de retorno de refugiados palestinos aos campos na Síria, após forças do regime solicitarem documentos que provem a posse das terras ou imóveis, além de contas de água, luz e telefone.

Diante da crise, a União Europeia anunciou que o apoio humanitário a refugiados na Turquia será estendido até o início de 2022.

Em 2016, o bloco europeu e Ancara assinaram um acordo estimado em €6 bilhões, enviados à Turquia para cobrir custos de projetos destinados aos refugiados sírios. Em contrapartida, o governo turco concordou em fechar as fronteiras para a migração à Europa.

Há hoje 6.2 milhões de pessoas deslocadas dentro da Síria, incluindo 2.5 milhões de crianças, a maior população de deslocados internos em todo o mundo, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

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