Novas evidências foram levantadas sobre o assassinato de Ahmad Erekat por Israel. O jovem de 27 anos foi morto a tiros em junho em um posto de controle militar israelense perto da cidade de Abu Dis, a leste de Jerusalém. A polícia israelense afirmou que Erekat era um “terrorista” conduzindo um ataque.

Mas um novo relatório da Forensic Architecture, um órgão de pesquisa britânico com sede em Goldsmiths, Universidade de Londres, desafiou a narrativa israelense após uma análise “quadro a quadro” das imagens da câmera de segurança que mostravam claramente o movimento de Erekat antes de sua morte.

O relatório concluiu que Erekat não representava nenhuma “ameaça imediata” aos soldados israelenses; que lhe foi negado tratamento médico depois de ser morto a tiros; seu corpo foi tratado de forma “degradante” e que após sua morte sua família foi submetida a punições coletivas.

Os detalhes do relatório, que inclui a reconstrução da cena usando o filme disponível, incluindo imagens de segurança publicadas pela polícia, lançam “dúvidas significativas” sobre a narrativa israelense. Ele citou especialistas em colisão que concluíram que o carro de Erekat não estava acelerando significativamente. “Nossa análise também encontra evidências que levantam a possibilidade de que o Erekat tenha freado antes do impacto com o posto de controle”, disse o relatório.

O especialista em colisão, Dr. Jeremy J Bauer, concluiu que “o motorista não acelerou rapidamente para o posto de controle. Se o motorista realmente quisesse maximizar a chance de surpreender os guardas e atingi-los com seu veículo, ele poderia ter acelerado até a capacidade máxima do veículo.”

Após o impacto, um vídeo mostra Erekat deixando o veículo desarmado e se afastando dos soldados, erguendo as mãos no ar. Ele é baleado pela primeira vez quando está a cerca de quatro metros de distância do soldado mais próximo. Ele então continua a se mover para trás enquanto cai no chão. Soldados israelenses dispararam seis tiros no espaço de dois segundos.

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