Dezenas de ex-comandantes do exército de Israel exortaram Benny Gantz, líder do partido Azul e Branco (Kahol Lavan), a renunciar à sua candidatura nas eleições gerais marcadas para março próximo, reportou o jornal Times of Israel.
Em carta publicada pelos principais periódicos do país, 130 signatários destacaram a urgência de reforçar o fronte para derrotar o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu.
“O partido de Gantz enfraquecerá os votos caso não consiga obter apoio suficiente para adentrar no Knesset [parlamento israelense]”, destacou o comunicado.
“A hora de tomar uma decisão final de liderança chegou, ao retirar-se desta perigosa campanha que obterá resultados abaixo da cláusula de barreira e deixará mais outro partido fora do Knesset”, argumentaram os militares.
“A ordem do dia requer outra brava decisão: Não permitir que votos sejam desperdiçados. Israel irá saudá-lo”, afirmou a carta, em referência ao slogan eleitoral de Gantz.
Em resposta, Gantz alegou compromisso com o objetivo em questão, prometeu manter seus avanços e preservar a democracia israelense, ao permanecer no governo como contrapeso a Netanyahu – “que, de outro modo, imporia uma ditadura de fato”.
O líder do partido Azul e Branco, entretanto, rejeitou os apelos para renunciar à sua candidatura, até então.
Entre os signatários da carta: Carmi Gillon, ex-chefe do serviço secreto Shin Bet; Ehud Barak, ex-premiê e ex-chefe das Forças de Defesa de Israel; Uzi Arad, ex-presidente do Conselho de Segurança Nacional; e Danny Yatom, ex-chefe do Mossad.
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