A China é responsável por violações da Convenção do Genocídio no tratamento dado aos muçulmanos uigures, disse em um relatório o instituto de estudos Newline Institute for Strategy com sede nos Estados Unidos.
De acordo com o think tank, esse relatório é a primeira aplicação de um especialista independente da Convenção do Genocídio de 1948 ao tratamento em curso dos uigures na China.
“A China tem a responsabilidade do Estado por cometer genocídio contra os uigures em violação da Convenção de 1948 para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio (Convenção do Genocídio) com base em uma extensa revisão das evidências disponíveis e aplicação de direito internacional à evidência dos fatos no terreno”, diz o relatório.
“As políticas e práticas da China visando os uigures na região devem ser vistas em sua totalidade, o que equivale a uma intenção de destruir os uigures como um grupo, no todo ou em parte substancial, como tal”, acrescenta.
O relatório também examina os principais desenvolvimentos pertinentes na Região Autônoma Uigur de Xinjiang (XUAR – Turquestão Oriental) de maio de 2013, quando as autoridades do XUAR divulgaram o primeiro documento conhecido que estabelece as bases para a campanha de internamento em massa.
A China promoveu simultaneamente uma campanha dupla sistemática de esterilização forçada de mulheres uigures em idade reprodutiva, afirma o relatório, e de internação de homens uigures em idade fértil, evitando a capacidade regenerativa do grupo.
Em janeiro passado, a embaixada da China nos Estados Unidos declarou publicamente: “No processo de erradicação do extremismo, as mentes das mulheres uigur em Xinjiang foram emancipadas […] tornando-as não mais máquinas de fazer bebês”. No entanto, esta declaração foi posteriormente removida pelo Twitter.
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