A seleção norueguesa de futebol marcou o início de sua busca pela qualificação para a Copa do Mundo de 2022 no Catar, protestando contra o suposto tratamento dado aos trabalhadores pelo estado do Golfo antes do início da partida de estreia contra Gibraltar, informou a Reuters.
Os noruegueses usaram camisetas com os dizeres “Direitos humanos – dentro e fora do campo” ao se alinhar para a partida, que acabou vencendo por 3-0.
O comitê organizador da Copa do Mundo do Catar não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o protesto da seleção norueguesa.
A Noruega tem uma de suas melhores chances na memória recente de se classificar para a Copa do Mundo pela primeira vez desde 1998, mas um movimento de boicote ao torneio, iniciado pelo clube da primeira divisão, Tromso, ganhou força recentemente no país.
Tromso pediu à federação norueguesa de futebol que considerasse o boicote à Copa do Mundo após uma investigação do jornal britânico The Guardian, que alegou que 6.500 trabalhadores migrantes morreram em acidentes de trabalho desde que o torneio foi concedido ao Catar em 2010.
Em resposta ao relatório do Guardian, o governo do Qatar disse que uma “porcentagem muito pequena” de mais de 1,4 milhão de expatriados no estado faleceu entre 2011 e 2019.
O comunicado do governo afirma que tomou medidas para melhorar a saúde e a segurança dos trabalhadores nas últimas duas décadas e impôs punições aos proprietários de empresas que violaram as normas de segurança.
A Copa do Mundo de 2022 está marcada para acontecer no Catar e será a primeira vez que o torneio será realizado nos meses de novembro e dezembro, em vez do verão tradicional, a fim de evitar as extenuantes temperaturas do verão no estado do Golfo.
Essa também será a primeira vez que o Oriente Médio sediará um grande evento esportivo global. Analistas acreditam que a Copa do Mundo da FIFA no Catar vai impulsionar o perfil global da região.
LEIA: Organizadores da Copa no Catar assinam memorando sobre direitos humanos