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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel avisa que ‘vai parar tudo’ se o Hamas vencer as eleições parlamentares

Apoiadores do Hamas se reúnem para celebrar seu aniversário em Gaza, em 17 de dezembro de 2018. [Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio]
Apoiadores do Hamas se reúnem para celebrar seu aniversário em Gaza, em 17 de dezembro de 2018. [Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio]

O chefe da Coordenação de Atividades Governamentais nos Territórios, Kamil Abu Rukun, advertiu que Israel “parará tudo” se o Hamas vencer as próximas eleições parlamentares, informou o Times of Israel.

Em entrevista à emissora pública israelense Kan, ele disse: “Essa, pelo menos, será minha recomendação, com base em coisas que aconteceram no passado e no que vejo em campo”.

Abu Rukun disse à Kan, de acordo com o Times of Israel, que transmitiu sua posição aos palestinos por canais indiretos.

Ele enfatizou: “É um erro muito grande ir a essas eleições devido ao alto risco de o Hamas vencer e, portanto, de qualquer coisa que sirva a isso [uma vitória do Hamas]. Minha recomendação é não concordar com isso”.

O oficial israelense reiterou que Israel deve impedir a realização das eleições palestinas em Jerusalém Oriental.

LEIA: Hamas está pronto para formar governo de coalizão

Na quarta-feira, a Kan relatou que o chefe da agência de segurança Shin Bet, Nadav Argaman, pediu que o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, cancelasse as próximas eleições do parlamento palestino se o Hamas participasse.

Respondendo a Argaman, Abbas respondeu: “Não trabalho para você. Vou decidir se haverá uma eleição e com quem. Você construiu o Hamas, não eu”.

Na semana passada, o secretário do Comitê Central da Fatah, Jibril Rajoub, reconheceu que Abbas enfrentou pressão israelense e internacional para cancelar a eleição.

A última eleição parlamentar palestina foi realizada em 2006, quando o Hamas alcançou uma maioria esmagadora, enquanto o Fatah, a AP, Israel, os países ocidentais, os EUA e a maioria dos países árabes não reconheceram a vitória transparente do Hamas.

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