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Irã aconselha Arábia Saudita ao diálogo direto

Saeed Khatibzadeh, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, em Teerã, 5 de outubro de 2020 [Fatemeh Bahrami/Agência Anadolu]
Saeed Khatibzadeh, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, em Teerã, 5 de outubro de 2020 [Fatemeh Bahrami/Agência Anadolu]

O Irã exortou a Arábia Saudita a engajar-se em conversas diretas para solucionar questões presentes entre ambos os países, sem envolvimento de terceiros, conforme declaração feita ontem (5) por Saeed Khatibzadeh, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores em Teerã.

Segundo a agência de notícias iraniana Fars, afirmou Khatibzadeh: “Lamento que a Arábia Saudita ainda não tenha a coragem para dialogar fora do domínio de potências transregionais. Riad busca ainda aprovação de outras capitais para além da região”.

Tensões em curso entre Irã e Arábia Saudita [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Tensões em curso entre Irã e Arábia Saudita [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Os comentários de Teerã servem de resposta a um pedido de Riad para juntar-se às negociações entre Irã, por um lado, e Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha, por outro, previstas para começar nesta terça-feira (6) na capital austríaca, Viena.

Sobre o apelo saudita, reiterou Khatibzadeh: “A posição da Arábia Saudita sobre o acordo nuclear é bastante conhecida, assim como suas medidas destrutivas perpetradas ao longo das negociações. O acordo nuclear foi negociado e firmado e então engavetado”.

“Aconselhamos que a Arábia Saudita retorne às conversas regionais e a região terá os braços abertos a Riad”, prosseguiu Khatibzadeh.

“O objetivo de Viena é suspender as cruéis sanções dos Estados Unidos contra o Irã e cumprir os termos do acordo”, argumentou. “Há um único passo a seguir, encerrar todas as sanções; em troca, o Irã está pronto para suspender as medidas corretivas e reverter suas ações”.

Washington impôs sanções “sem precedentes” sobre Teerã em 2018, após o então presidente Donald Trump revogar unilateralmente o acordo nuclear assinado três anos antes. O pacto prevê a restrição das capacidades atômicas iranianas em troca de atenuar sanções.

LEIA: Ex-presidente do Irã apoia inclusão da Arábia Saudita em novas negociações nucleares

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