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Egito liberta Solafa Magdy e marido da prisão

Solafa Magdy e seu marido Hossam al-Sayyad [Nancy Okail/Twitter]
Solafa Magdy e seu marido Hossam al-Sayyad [Nancy Okail/Twitter]

Os jornalistas egípcios Solafa Magdy e seu marido Hossam al-Sayyad foram libertados da cadeia e reunidos com suas famílias.

Em uma foto que viralizou online, o casal é visto sorrindo com seu filho Khaled.

Em 26 de novembro de 2019, Solafa, seu marido e um amigo foram presos em um café no Cairo, acusados de disseminar notícias falsas e filiar-se a um grupo clandestino. Entretanto, o amigo do casal, Mohammed Salah, continua detido.

Sua prisão foi parte da campanha repressiva do regime do presidente e general Abdel Fattah el-Sisi contra os protestos de setembro convocados pelo delator Mohammed Ali.

O Egito está entre os três países que mais aprisionam jornalistas em todo o mundo, ao lado de Turquia e China, ao manter forte repressão ao trabalho de mídia e à liberdade de expressão.

LEIA: Egito liberta jornalista de oposição Khaled Dawoud

Solafa, especializada em direitos das mulheres, minorias e refugiados e em cobertura de casos de assédio sexual no Egito, recebeu o prêmio Courage in Journalism de 2020, concedido pela Fundação Internacional das Mulheres na Comunicação Social, com sede em Washington.

Em fevereiro, seu advogado registrou uma queixa na Procuradoria-Geral do Egito para denunciar abusos físicos e sexuais perpetrados contra Solafa em custódia. Durante um ataque, a jornalista foi despida, arrastada pelo chão e espancada até sofrer forte hemorragia vaginal.

A ong de direitos humanos Anistia Internacional lançou uma campanha pela libertação de Solafa e exortou ativistas a enviarem mensagens à Procuradoria-Geral do Egito para reivindicar sua soltura imediata e incondicional.

Nesta terça-feira (13), autoridades egípcias também libertaram o jornalista de oposição Khaled Dawoud, detido há mais de vinte meses por criticar o governo.

Há cerca de 60 mil presos políticos no Egito, mantidos em condições desumanas, celas superlotadas, com pouco acesso à luz do sol. São sistematicamente torturados e privados de qualquer cuidado médico como medida punitiva por denunciar os crimes do regime.

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