Na segunda-feira (26), o Paquistão expressou seu repúdio à violência israelense contra os palestinos em Jerusalém, agravada desde o início do mês sagrado islâmico do Ramadã.
Em nota compartilhada em seu website, o Ministério de Relações Exteriores do Paquistão afirmou: “O Paquistão observa com grave preocupação os recentes acontecimentos alarmantes nos territórios palestinos ocupados”.
“Tais avanços incluem o assédio a pessoas a caminho de suas preces, prisão de inocentes palestinos e outras restrições arbitrárias em violação dos direitos humanos fundamentais”, prosseguiu a chancelaria paquistanesa.
O comunicado reiterou ainda que “tais medidas ilegais vivenciaram um surto desde o início do mês sagrado do Ramadã”.
“O Paquistão condena os atos violentos executados pela ocupação israelense e exorta a comunidade internacional a agir de imediato para proteger os palestinos”, enfatizou.
O ministério paquistanês também destacou seu “firme apoio ao direito inalienável de autodeterminação do povo palestino”.
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“Para obter uma paz justa e duradoura, é imperativo a solução de dois estados, conforme resoluções relevantes da ONU e OCI [Organização para Cooperação Islâmica], com fronteiras anteriores a 1967 e Al-Quds Al-Sharif [Jerusalém] como capital de um estado palestino viável, contíguo e independente”, acrescentou.
Desde o início do Ramadã, residentes e nativos palestinos de Jerusalém vivenciam uma escalada de violência e assédio por parte de colonos radicais israelenses, principalmente seguidores do grupo de extrema-direita Lahava.
Colonos ilegais tentaram incendiar casas palestinas na Cidade Velha de Jerusalém e ameaçaram de morte manifestantes. Durante seus ataques brutais, os extremistas são protegidos pela própria polícia israelense.
Mais de cem manifestantes palestinos foram feridos por tais agressões coloniais e ao menos outros cem foram detidos.