O Grupo de Ação Nacional Egípcio (ENAG, na sigla usual em inglês)), que inclui figuras da oposição em casa e no exterior, pediu em um comunicado às Nações Unidas e ao Conselho de Segurança da ONU que ponham fim às execuções politizadas contra oposicionistas no Egito.
A declaração, da qual o New Khaleej recebeu uma cópia, afirma que as sentenças de morte contra dissidentes egípcios foram proferidas por tribunais especializados de contraterrorismo que foram estabelecidos em violação ao Artigo 97 da Constituição e, portanto, carecem de respaldo constitucional e legal.
O comunicado também condena a execução de nove cidadãos inocentes no caso conhecido na mídia como o assalto à Delegacia de Polícia de Kerdasa, acrescentando que esses julgamentos excepcionais carecem de todos os padrões de justiça.
A ENAG advertiu que “essas sentenças politizadas visam aterrorizar o povo” e são uma forma de “terrorismo de Estado”.
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A declaração enfatizou a necessidade de a comunidade internacional agir para forçar o Egito a parar de executar oposicionistas, especialmente em casos políticos, e intensificar os esforços, a coordenação e a cooperação para impedir a execução de sentenças de morte arbitrárias.
Na segunda-feira, as autoridades egípcias executaram várias pessoas que se opunham ao golpe militar de 2013 liderado pelo ministro da Defesa que se tornou presidente, Abdel Fattah Al-Sisi, que gerou uma onda de polêmica dentro e fora do país.
Figuras da oposição egípcia anunciaram a criação da ENAG em 30 de dezembro de 2019. Ela inclui um grupo de políticos baseados dentro e fora do Egito, que pertencem a vários partidos políticos.
Um relatório publicado pela Anistia Internacional na semana passada revelou que houve um aumento de 300% nas execuções no Egito.