A Organização Mundial da Saúde (OMS) reivindicou hoje (20) uma pausa humanitária nos bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, para permitir acesso de socorro emergencial ao sistema de saúde em colapso no território palestino, reportou a Reuters.
“O fechamento dos pontos de entrada e saída para pacientes e equipes médicas humanitárias e as severas restrições à entrada de suprimentos médicos agrava a crise de saúde pública [em Gaza]”, reiterou à imprensa Ahmed al-Mandhari, diretor regional da OMS.
“A gravidade dos ferimentos pressiona um sistema de saúde já superlotado, que enfrenta carências críticas de remédios e itens essenciais, ao passo que também combate a pandemia de coronavírus”, prosseguiu o comunicado de al-Mandhari.
Um comboio das Nações Unidas — com carga de 10 mil doses de vacina contra o covid-19 (Coronavac) e orientações para transferir feridos — aguarda autorização israelense para entrar no território sitiado, observou Rik Peeperkorn, chefe da OMS em Gaza e Cisjordânia.
“Até que haja um acordo de cessar-fogo, todas as partes em conflito devem consentir com uma pausa humanitária para garantir o acesso a Gaza”, reiterou Peeperkorn.
Desde 10 de maio, Israel mantém uma campanha aérea intensiva contra a Faixa de Gaza.
Segundo autoridades de saúde, mais de 230 palestinos foram mortos, incluindo 65 crianças e 39 mulheres. Ao menos 1.700 palestinos ficaram feridos, incluindo 55 em estado grave.
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