O Ministro de Assuntos Comunitários de Israel Tzachi Hanegbi — pasta responsável pelos assentamentos ilegais — afirmou à emissora local Channel 13 que seu país deverá conduzir ataques aéreos “preventivos” contra o movimento palestino Hamas, em Gaza.
As informações são do jornal israelense Times of Israel.
Hanegbi — assessor próximo do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu — alegou que a medida serve para impedir que o Hamas restabeleça seu arsenal de foguetes.
“Não podemos aguardar o disparo de foguetes [para responder em Gaza]”, declarou Hanegbi. “É uma mudança total na equação. Jamais fizemos isso”.
“O Estado de Israel tolerou por anos — durante a década do governo Netanyahu e mesmo antes — o fortalecimento do Hamas e isso foi, sem dúvida, um grande erro”, prosseguiu.
Segundo Hanegbi, a nova política israelense deverá corrigir tais equívocos.
O ministro também alegou que Tel Aviv considera remover o Hamas de Gaza, mas referiu-se à proposta como “última alternativa” devido ao “alto custo”. Segundo ele, a última ofensiva contra a Faixa de Gaza deverá estabilizar Israel pelos próximos quinze anos.
“Estou muito otimista. Não sei se serão quinze anos, talvez mais”, reiterou o ministro, ao argumentar que o prognóstico tem como base os anos de suposta tranquilidade na fronteira norte com o Líbano, após a campanha militar de 2006.
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Israel deu início a bombardeios contra Gaza em 10 de maio. Ao menos 279 palestinos foram mortos, incluindo 69 crianças, 40 mulheres e 17 idosos, além de milhares de feridos.
Um cessar-fogo entrou em vigor na sexta-feira (21).