Carlos Ghosn — ex-executivo da indústria automobilística; agora, fugitivo internacional — será interrogado por juízes franceses em Beirute, a partir desta segunda-feira (31), acusado de desvio de recursos que levaram à apreensão de milhões de euros de suas contas.
As informações são da agência Reuters.
Os advogados de Ghosn alegaram haver irregularidades processuais na França, o que prejudica os procedimentos legais conduzidos pelas autoridades libanesas.
Em nota, a equipe de defesa confirmou que o empresário será ouvido como testemunha, de modo que não é possível contestar a legalidade do processo. Porém, os advogados solicitaram alteração em seu status para “indiciado”, a fim de contestar “falhas legais ao redor do caso”.
Ghosn nega reiteradamente todas as acusações contra ele.
Nascido em Rondônia, também com cidadania libanesa e francesa, Ghosn era presidente da Nissan e Mitsubishi e diretor-executivo da Renault, quando foi preso no Japão por sonegação fiscal e uso de recursos das empresas para fins pessoais, em 2018.
Em dezembro de 2019, Ghosn fugiu para o Líbano, escondido entre as bagagens de um jato particular. Desde então, permanece no país.
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